Jogos em 3D levarão emoção do campo para sala de torcedores


A Copa do Mundo de 2010 vai marcar uma verdadeira revolução nas transmissões ao vivo. Se você não vai poder atravessar o oceano para apoiar a Seleção Brasileira nos jogos na África do Sul, fique atento: a Fifa e a Sony anunciaram nesta quinta-feira que 25 partidas serão transmitidas com tecnologia 3D, inclusive as três primeiras do Brasil no Mundial, contra Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal.


O anúncio foi feito em Londres, na Inglaterra, através de um vídeo em que a Seleção Brasileira era a grande estrela. Marcada sobretudo pela emoção que as imagens 3D vão proporcionar aos felizardos donos de uma televisão 3D, ainda não disponível no Brasil, país que mais terá jogos transmitidos.

Mas não se assuste: se você, como a imensa maioria dos brasileiros, ainda não pensa em adquirir um aparelho adaptado para exibir as três dimensões, preste atenção nos locais de transmissões dos jogos, que serão realizadas em cinemas equipados em todo o País. Essa alternativa promete ser até melhor do que assistir em casa, uma vez que os efeitos são nitidamente mais intensos em uma tela gigante.

A Fifa estima em centenas de milhares de telespectadores contemplados pelas transmissões no mundo todo. Na América Latina, estão previstos 200 locais de exibição, contra 1500 nos Estados Unidos e 1300 na Europa Ocidental.

"Lembro como se fosse hoje quando, pela primeira vez, assisti a um jogo da Copa em uma televisão em cores. Era Brasil contra a Itália, na Copa de 70. Agora, estou honrado de anunciar que nós vamos levar a emoção, a atmosfera e o clima dos estádios para a sala dos telespectadores", disse Nicolas Erickson, diretor da Fifa TV.

É bem verdade que a emoção no estádio sempre vai ser incomparável a uma tela de tv ou cinema - até porque, para visualizar os efeitos, vai ser preciso permanecer com os óculos 3D no rosto durante os 90 minutos da partida. As imagens dos torcedores vibrando na arquibancada, por exemplo, praticamente não apresentam qualquer diferença em relação a uma televisão normal de duas dimensões. O mesmo vale para as imagens aéreas, em que nenhum elemento se destaca diante dos demais devido à longa distância.

A diferença mais perceptível em um jogo de futebol em três dimensões está mesmo nas imagens que mostram a profundidade do campo, com jogadores em primeiro plano e nas quais as expressões são muito mais vivas. Nestas cenas, o sentimento é de ter Kaká correndo direto na sua direção, pronto para marcar. É como se o telespectador estivesse na beira do campo, sentindo a aproximação e o distanciamento dos jogadores. Até a grama levantando sob as chuteiras parece saltar aos olhos - um sinal evidente de que não se está diante de uma transmissão como outra qualquer.

"Foram anos e anos de aprimoramento da técnica. Não queríamos nos aventurar em tamanho desafio sem antes ter a certeza de que ofereceríamos o que há de melhor", disse Hiroko Saito, diretora de Tecnologias da Sony.

As transmissões serão viabilizadas através de sete pares de câmeras 3D instaladas em diferentes partes do estádio. O diretor de marketing da fabricante da gigante japonesa de eletroeletrônicos, David Bush, garante também que não haverá qualquer atraso nas transmissões em decorrência do uso da tecnologia. "Ninguém vai ver o gol atrasado porque escolheu assistir a partida em 3D. É tudo em tempo real".

Os jogos transmitidos em 3D serão os realizados nos estádios de Johanesburgo, Durban, Cidade do Cabo e Porto Elisabeth. Entre as partidas mais esperadas estão a de abertura (África do Sul X México), no dia 1º de junho, e a de encerramento, em 11 de julho. As quartas de finais, as semifinais e a disputa pelo terceiro lugar também serão integralmente transmitidas, através de parcerias com os canais americano ESPN, espanhol Sogecable e o coreano SPS.

A maioria das equipes vai ser contemplada com transmissões em 3D. Atrás do Brasil, que lidera com três jogos transmitidos, a Argentina, a Alemanha e a Espanha terão dois jogos exibidos em 3D. Itália e Estados Unidos, terão apenas um.

Fonte:Terra / TecnoNews

Comentários