Parece coisa de filme, mas a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) de Minas Gerais pretende realizar, em abril, testes de monitoramento de presos por meio de pulseiras e tornozeleiras eletrônicas. Representantes do Governo mineiro, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça foram até a Argentina para conhecer o sistema. Segundo a administração estadual, na Província de Buenos Aires, o monitoramento remoto de presos, chamado de “Prisão Domiciliar”, já foi usado em cerca de 1.500 homens.
O promotor Joaquim Miranda testou a tornozeleira: rompeu o lacre e, em menos de um minuto, um sinal de alerta apareceu na tela do computador. Quando isso acontece, o operador do sistema deve entrar em contato com as autoridades penitenciárias e equipes de busca saem à procura do preso.
Dois tipos de monitoramento vão ser testados. Um deles, por GPS, permite a localização do preso onde ele estiver. O sinal é captado via satélite e enviado para uma central. A outra tecnologia funciona por radiofreqüência, IRF. "A vantagem da tecnologia IRF é que a pulseira é menor, dá mais conforto ao sentenciado, a bateria dura mais e o sinal é sempre presente. A idéia é identificar qual dessas tecnologias é melhor para qual situação de presos", explica o empreendedor público Marcos Siqueira Moraes.
De acordo com o secretário de Defesa Social, a fase de testes deve começar na segunda quinzena de abril e durar de 40 a 70 dias. Depois disso, será feita uma avaliação da tecnologia para que a Justiça decida qual sistema será implantado definitivamente no estado. A medida visa diminuir gastos em segurança pública, no geral em média, R$ 1,8 mil por mês, para o estado, reduzindo para R$600,00 por mês.
Fonte: G1
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