A vida tecnológica moderna está cheia de dilemas antigos, questões que parecem jamais desaparecer. Mac ou Windows? Desligar o computador toda noite ou deixá-lo "dormindo"? Plasma ou LCD?
Existe um televisor novo na área, e a sua imagem é tão impressionante que faz com que, perto dele, as imagens de plasma e LCD pareçam-se com desenhos rupestres.
Um novo componente, o diodo orgânico emissor de luz, ou Oled (sigla do inglês Organic Light-Emitting Diode). Esta tecnologia já ilumina alegremente há uns dois anos as telas de certos modelos de telefones celulares e aparelhos de música, mas a Sony é a primeira companhia a oferecê-la em uma tela de televisão. O televisor XEL-1, que só está disponível em lojas SonyStyle, a qualidade da imagem é incrível.
A imagem do XEL-1 é tão colorida, vibrante, rica, real e cheia de contrastes que faz a gente perder o fôlego. É como olhar uma paisagem por uma janela. Uma janela sem vidraças. Velhos problemas inerente ao plasma ou ao LCD— falta de nitidez das imagens em movimento, iluminação desigual ao longo da tela, pretos que não são bem pretos, brancos que não são bem brancos, ângulo de visão limitado, cores não muito reais, brilhos que ficam enfraquecidos em salas muito claras, efeito screen-door quando o telespectador está próximo à tela. Neste novo televisor esses problemas foram resolvidos.
Teoricamente o plasma deveria proporcionar pretos mais escuros do que o LCD, mas o Oled supera ambos. Perto deste televisor, até mesmo os pretos da adorada tela de plasma Pioneer Kuro— e kuro de fato significa preto em japonês— dá a impressão de ser um cinza bem escuro. Os pretos no televisor Oled da Sony são azeviche. Preto absoluto. Preto de buraco negro.
A tela do XEL-1 tem apenas três milímetros de espessura. Se eles fizessem um laptop com uma tela tão fina assim, o MacBook Air ficaria parecendo uma mala. O motivo: em uma tela Oled, cada pixel gera a sua própria luz; não há necessidade de volumosos dispositivos de luzes de fundo, como, por exemplo, nos aparelhos LCD (nos laboratórios existem telas Oled tão finas que dá para enrolá-las), o Oled consome menos eletricidade do que o plasma ou o LCD.
Ainda que o XEL-1 seja o maior televisor Oled que se pode comprar atualmente, ele tem uma tela de apenas 11 polegadas (aproximadamente 28 centímetros, em diagonal), e custa US$ 2.500. as telas Oled ainda são muito difíceis de se fabricar, e neste estágio inicial, este tamanho é o máximo que a Sony pode colocar no mercado com confiabilidade. Ele aceita sinais de alta definição, mas não exibe toda a resolução inerente a esses sinais. Na verdade, ele tem apenas 960 x 540 pixels; você precisaria de quatro dessas telas para contar com o número de pixels de uma tela de alta definição de 1080 pixels. Em vez de reclamarem de como a imagem é grosseira, as pessoas ficam admiradas em constatar como a imagem do XEL-1 é mais nítida do que a dos aparelhos de plasma ou LCD de alta definição. Isso se deve em parte ao fato de os pixels serem bem menores no XEL-1 do que em um mastodonte de 50 polegadas (1,27 metro). É impossível enxergar pixels individuais mesmo colando o nariz à tela.
O XEL-1 vem com um controle remoto muito bonito e compacto, mas sem iluminação própria. E não é possível controlar nenhum outro aparelho com ele. O televisor vem também com um livreto engraçado, intitulado "Instruções para Operação". Ele é cheio de avisos hilariantes como "Não instale o televisor de cabeça para baixo", "Não jogue nenhum objeto contra o televisor" e "Não instale o televisor em um local no qual os insetos possam entrar". Enquanto isso, a Sony demonstrou um protótipo de uma versão de 27 polegadas (68,6 centímetros), e outras companhias estão trabalhando nos seus próprios aparelhos Oled.
Fonte: NY TIMES
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