Acabaram-se as buscas na Internet que retornam 70 mil resultados inúteis, as larguras de banda estreita, a conexão limitada ao computador e ao celular... Estas desaparecerão com a próxima Internet: a chamada Web 3.0.
A atual Web 2.0 se caracteriza pelo sucesso das redes sociais, o passo seguinte na evolução do ciberespaço é alcançar uma Internet inteligente, presente em qualquer lugar, que conheça a pessoa e se adapte a ela. Não há data de estréia e cada pesquisador tem sua própria visão sobre o futuro da rede.
Segundo Tim Berners-Lee, o criador da World Wide Web, a verdadeira revolução chegará com a Web semântica, que também se incluiria na Web 3.0. A Web semântica tenta transformar a informação em conhecimento, ordenar e classificar os conteúdos da Web para que os computadores sejam capazes de interpretá-los e tomar decisões através do cruzamento de dados. Para isso estão sendo desenvolvidas tecnologias que rotulam a informação com nomes compreensíveis entre todos os dispositivos e programas informáticos. "Algumas teorias defendem que a Web semântica é um novo nome para a inteligência artificial".
A Internet não pensará em termos humanos, mas será capaz de estabelecer relações e resolver casos porque os dados estarão bem ordenados, salienta Ivan Herman, diretor da Atividade de Web Semântica do W3C -o consórcio de padrões de Internet dirigido por Berners-Lee.
Por isso, antes da Web semântica chegarão outros avanços que também se incluem na Web 3.0, afirma Íñigo Asiain, gerente de marketing do Online Services Group da Microsoft Ibérica. O computador deixará de ser a plataforma principal para se conectar, e qualquer aparelho -desde eletrodomésticos ou carros até tocadores de MP3- fará parte da rede, e todos os aplicativos serão compatíveis -por exemplo, os usuários de diferentes redes sociais como MySpace ou Facebook poderão se comunicar entre si, coisa que hoje é impossível- e seriam criadas pequenas redes que compartilharão informação em função dos interesses de cada pessoa.
Resumindo ferramentas irão se unificar e padronisar sistemas, melhorar a tecnologia e a velocidade de acesso, tornando uma linguagem unica.
Fonte: La Vanguardia
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